segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Empodere uma criança e empoderará o mundo!

Na da metade do século 16, os africanos chegaram ao Brasil, e com eles, vieram seus costumes, religiões, tradições, uma cultura forte e diferente das que já estavam aqui, vindas dos europeus e dos índios. A união e a mistura de todos esses elementos deram origem à identidade brasileira. Graças a essa mistura, somos um país diferente e riquíssimo culturalmente.


Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença deles na história do Brasil, mas sabemos que nem sempre o assunto é abordado da maneira necessária e atual.


Infelizmente, vivemos em uma sociedade que impõe padrões e estereotipa a beleza através das mídias, resultando na invisibilidade do negro. O resultado disso é bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas, fazendo com que se sintam inferiores e feias diante desse "padrão de beleza". Para minimizar estes impactos, atitudes simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar a identificação cultural das crianças negras ou não.


Hoje recebemos com muita alegria Rita Black, cabeleireira especialista em cabelos crespos, e Andréa Gisele, a Turbanteira. Vieram bater um papo super legal sobre a valorização dos cabelos crespos, como cuidar deles, como combater os preconceitos e falar sobre a riqueza da cultura negra. Para compartilhar esse momento especial, convidamos alunas da Escola Ana Cristina, para junto com nossos educandos debater e aprender mais sobre o assunto. 


Penteados, jeitinhos de pentear, cuidar e valorizar os cachos foram ensinados para elas. Assistiram a vídeos e houve uma roda de conversa, onde muitas meninas falaram que sofriam bullying no colégio e até mesmo em casa por terem cabelos crespos. 
"A informação é a arma que elas possuem para se conhecer, se valorizar e se defender diante das ofensas", afirmou Rita Black.


Para nós, é muito importante a valorização da cultura brasileira e do povo brasileiro. Tratar desse assunto é necessário para combatermos o preconceito, o bullying e a desvalorização. Nas crianças, antes que o ato seja contaminado por juízos de valor negativo, os pais e educadores devem intervir para mostrar que é preciso aceitar as diferenças e conviver em harmonia com elas, nosso papel é formar cidadãos. Aqui as crianças tem oportunidade de interagir diariamente com crianças de credos, costumes, culturas e origens distintas, por isso não podemos nos furtar ao papel de educadores da igualdade.


Confira as fotos:













Um comentário:

  1. Ação produtiva e energizante, coisa linda de se viver, obrigada a tod@s pela abertura.

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