Na da metade do século 16, os africanos
chegaram ao Brasil, e com eles, vieram seus costumes, religiões, tradições, uma cultura forte e diferente das que já estavam
aqui, vindas dos europeus e dos índios. A união e a mistura de todos esses
elementos deram origem à identidade brasileira. Graças a essa mistura, somos
um país diferente e riquíssimo culturalmente.
Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas
relativos à história dos povos africanos em seu currículo. A inclusão de
assuntos ligados à África e ao povo negro na
educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença deles na história
do Brasil, mas sabemos que nem sempre o assunto é abordado da maneira
necessária e atual.
Infelizmente, vivemos em uma sociedade que impõe padrões e
estereotipa a beleza através das mídias, resultando na invisibilidade do negro.
O resultado disso é bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que
elas olham é sempre diferente delas, fazendo com que se sintam inferiores e
feias diante desse "padrão de beleza". Para minimizar estes impactos,
atitudes simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito
positivo para reforçar a identificação
cultural das crianças negras ou não.
Hoje
recebemos com muita alegria Rita Black, cabeleireira especialista em
cabelos crespos, e Andréa Gisele, a Turbanteira. Vieram bater um papo
super legal sobre a valorização dos cabelos crespos, como cuidar deles, como
combater os preconceitos e falar sobre a riqueza da cultura negra. Para
compartilhar esse momento especial, convidamos alunas da Escola Ana Cristina,
para junto com nossos educandos debater e aprender mais sobre o assunto.
Penteados,
jeitinhos de pentear, cuidar e valorizar os cachos foram ensinados para elas.
Assistiram a vídeos e houve uma roda de conversa, onde muitas meninas falaram
que sofriam bullying no colégio e até mesmo em casa por
terem cabelos crespos.
"A
informação é a arma que elas possuem para se conhecer, se valorizar e se
defender diante das ofensas", afirmou Rita Black.
Para nós, é muito importante a valorização da cultura
brasileira e do povo brasileiro. Tratar desse assunto é necessário
para combatermos o preconceito, o bullying e a desvalorização. Nas crianças, antes que o ato seja
contaminado por juízos de valor negativo, os pais e educadores devem intervir
para mostrar que é preciso aceitar as diferenças e conviver em harmonia com
elas, nosso papel é formar cidadãos. Aqui as crianças tem oportunidade de
interagir diariamente com crianças de credos, costumes, culturas e origens
distintas, por isso não podemos nos furtar ao papel de educadores da igualdade.
Confira
as fotos:
Ação produtiva e energizante, coisa linda de se viver, obrigada a tod@s pela abertura.
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