Concurso
latino-americano de contos promovido pela FUNDACIÓN MAPFRE chega à sua 3ª
edição.
O propósito é estimular os públicos
jovem e infantil a um momento de reflexão sobre seu futuro, objetivos de vida e
a importância da educação para a realização de seus sonhos.
Os educandos foram convidados a
participar do concurso e devido ao grande número de participantes, foi fundado
o Grupo de Contistas. Nesta tarde, todos os participantes se reuniram para dividir o que estão
escrevendo, conversar sobre a nova experiência, aprender mais sobre a estrutura dos contos e criar contos através da caixa mágica da Tia Jojoba! Finalizamos com sorteios de livros e kits escolares. Nas palavras deles, foi uma tarde "mágica, espetacular, incrível, animada e criativa". Os resultados são cada vez mais visíveis através da
dedicação, empenho e interesse em aperfeiçoar mais os contos que estão sendo criados. Juliana, 9 anos, nos contou que: "Antes da criação do grupo de Contistas, eu escrevia muito pouco, tinha um pouco de preguiça e dificuldade. Hoje, com a oficina de letramento e o grupo, já consigo escrever muito mais do que antes, escrevo muitas folhas sem dificuldade. Isso é incrível."
O termo “letramento” surgiu da palavra inglesa “literacy” (letrado), em decorrência de
uma nova realidade social na qual não bastava apenas saber ler e escrever, mas sim
responder efetivamente às práticas sociais que usam a leitura e a escrita.
Letrado, portanto, é “aquele que além de dominar a leitura e a escrita, faz uso
competente e frequente de ambas”. Portanto, letrar é mais que alfabetizar.
A oficina de letramento não se limita a ela
mesma, vai além das paredes da sala, se expande através das demais oficinas:
dança, música, esporte e leitura, onde os educadores preparam temas para
debates em rodas de diálogos. Além da exposição de opiniões, possibilita também
a criação do sentimento de cidadania, pois a partir do momento em que eles conhecem
ou passam a ter acesso a diferentes formas de aprendizagem e vivências
culturais, desenvolvem o sentimento de pertencimento e o protagonismo é
estimulado.
Para as atividades serem colocadas em prática, não
há desafio, garante a educadora Gilvânia Silveira. Ela nos conta que é algo
muito simples e ainda acrescenta: “atividade de letramento é colocada em
prática através de diversos tipos de leituras, utilização de exercícios de
interpretação e compreensão, incluindo características da vida social. Além de
discutirmos temas já planejados para a oficina, utilizamos exercícios de
interpretação com as notícias de grande repercussão nas mídias impressas e
online, e também temas do cotidiano. É um momento em que falamos sobre vários
assuntos e onde há uma maior aproximação do educador com a realidade do
educando”.
Desta forma, proporcionamos aos educandos dominar
o letramento, e ter acesso a outros mundos públicos, como por exemplo, o da
mídia e tecnologia, através deles a possibilidade de acesso ao poder, gerando
uma transformação de ordem social. Aplicar esta atividade na vida cotidiana dos
educandos permite que o aprendizado seja vivido e interpretado de forma
natural, espontânea, ou seja, trata-se dos usos da leitura e da escrita em
contextos muito próximos e reais como: a escola, a rotina diária, situações
familiares e etc. Essas práticas possibilitam os diferentes usos da leitura e
da escrita como prática do letramento, fazendo com que os educandos fiquem
envolvidos muitas vezes inconscientes nessas práticas.
Nosso objetivo vem sendo ensinar não somente
levar o educando a ser um conhecedor da língua portuguesa, mas, sobretudo um
usuário consciente de que cada habilidade linguística tem um espaço específico
de uso, ocorre de forma diferenciada e deve estar adequada à situação de
comunicação.